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UNICIDADE

 

I. A REVELAÇÃO PROGRESSIVA DE DEUS

 

Um dos assuntos mais importantes e esclarecedores das Escrituras Sagradas é a Revelação Progressiva de Deus. Por Revelação queremos dizer o ato de Deus tornar conhecido e comunicar verdades antes desconhecidas. Sobre essa Revelação, as Escrituras nos mostram como Deus, progressivamente, deu a conhecer mais de si mesmo à humanidade de vários meios e modos; isto é o que chamamos de “auto-revelação de Deus”. Neste estudo, iremos destacar dois meios principais desta auto-revelação de Deus: A Revelação através do Nome de Deus e a Revelação através de formas visíveis temporárias, o que é também chamado de Teofanias.

 

1. A REVELAÇÃO ATRAVÉS DO NOME DE DEUS

Um dos meios mais maravilhosos da revelação de Deus na Bíblia ocorre através do Deus. À medida que surgiram necessidades das mais diversas, Deus usou nomes aplicados a essas diversas circunstâncias de Tempo e local para se revelar aos homens. Este é um meio que se repete freqüentemente ao longo do Antigo Testamento.

 

1.1 A Revelação do Nome de Deus no Antigo Testamento: O termo mais primitivo nas Escrituras se referindo a Deus é ELOHIM (Gn 1.1). Essa palavra significa “Deus”, e relaciona primariamente Deus como agente da criação. Mais adiante, Melquisedeque adora a Deus usando o nome EL ELYON – hb.= “Deus Altíssimo”, revelando o domínio supremo de Deus sobre os céus e a terra (Gn 14.18,19); assim o Deus que criou todas as coisas (ELOHIM) é o mesmo que domina os céus e a terra (EL ELYON). Quando Deus firmou a aliança com Abraão o Nome que Ele se identificou foi EL SHADDAY – hb= “Deus Todo-Poderoso”, revelando ao seu servo Abraão o poder que Ele (Deus) exerce sobre tudo e sobre todos.

A revelação de Deus na sarça, ardente é um dos incidentes mais notáveis e convincentes do relato bíblico. Deus se apresentou como segue: “Eu Sou o Deus (ELOHIM) de teu pai”. Moisés perguntou: “Qual é o Seu Nome?”, ao que Deus responde: “Eu Sou o que Sou (ELYEL ASHER ELYEL)”; mais adiante Deus complementa a Moisés: “Assim dirás aos filhos de Israel: YAHWEH, o Deus de vossos pais,... me enviou a vós”(Êx 3.15). Com isso, a expressão “Eu Sou” é interpretada por YAHWEH – hb.= “Aquele que existe por si mesmo”, esse é o Nome Redentor de Deus no Antigo Testamento.

Um pouco depois em Êx 6.3 Deus esclarece: “Eu Sou o Senhor (YAHWEH), apareci a Abraão; a Isaque, e a Jacó como o Deus Todo-Poderoso (EL SHADDAY); mas pelo meu Nome o Senhor (YAHWEH), não lhes flui perfeitamente conhecido”. Esta passagem aponta para uma revelação progressiva de Deus através de Nomes que vai usando de acordo com o tempo e circunstâncias. Posteriormente, alguns profetas vão destacar para um revelação futura de Deus através de outro Nome, ouçamos as vozes proféticas:

  Is 52.6 – “Portanto o meu povo saberá o meu Nome, por esta causa, naquele dia, porque eu mesmo sou o que digo: Eis-me aqui”.

  Zc 14.9 – “E o Senhor será rei sobre toda a terra: Naquele dia um será o Senhor, e um será o seu Nome”.

  Ml 1.14 – “... o meu Nome será tremendo entre as nações”.

Observe que a colocação verbal está no futuro: “Saberá”, “Será”, destacando uma promessa futura onde Deus revelaria mais de si através de um novo Nome que passa ser conhecido mais adiante no Novo Testamento.

 

1.2 Alguns Nomes de Deus no Antigo Testamento:

TEXTO

NOME/Hebraico

SIGNIFICADO

Gn 15.2

YAHWEH – hb.

Jeová – O Auto-Existente

Gn 17.1

EL SHADDAY – hb.

Deus Todo-Poderoso

Gn 21.33

EL OLAM – hb.

Deus Eterno

Êx 15.26

YAHWEH RAPHA – hb.

O Senhor que Sara

1Sm 1.3

YAHWEH SEBHOATH – hb.

O Senhor dos Exércitos

Dn 7.9

ASTTIQ YAOMIN - aramaico

Ancião de Dias

 

Estas referências não enceram a totalidade dos nomes que Deus utilizou no Antigo Testamento, mas são suficientes para fundamentar o que estamos analisando sobre a revelação progressiva de Deus.

 

1.3 O Nome de Deus Revelado no Novo Testamento: No Novo Testamento, Deus acompanhou a revelação progressiva de si mesmo declarando seu novo Nome. Este Nome é JESUS, o mais alto Nome revelado por Deus desde os tempos mais remotos do Antigo Testamento. O Nome JESUS significa literalmente “Jeová (YAHWEH) Salvador”, ou “Jeová (YAHWEH) é Salvação”. O Senhor Jesus é o único que realmente é o que este Nome descreve em sua totalidade. O Novo Testamento confirma esta auto-revelação de Deus através de várias passagens vejamos algumas:

      Mt 1.21 – “...e lhe porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o Seu povo dos pecados deles”.

      Mt 1.23 – “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel, que traduzido é: Deus-Conosco”.

              Jo 5.43 – “Eu vim em Nome de Meu Pai ...”.

              Jo 10.25 – “As obras que eu faço, em Nome de meu Pai,...”.

              Jo 17.1,6 – “Pai,... manifestei o teu Nome aos homens...”.

              Jo 17.26 – “Eu lhes fiz conhecer o teu Nome, e lhes farei conhecer mais...”.

              Fl 2.9 – “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneiramente e lhe deu um Nome que é sobre todo o nome”.

              Hb 1.4 – “...herdou mais excelente Nome...”.

 

Como podemos examinar nestas passagens das Escrituras, o Nome de Jesus é o Nome que Deus prometeu revelar e tornar conhecido (conf. Is 52.6; Zc 14.9; Ml 1.14), que encerra e inclui os outros nomes ou títulos de Deus expressos no Antigo Testamento. Pelo Nome de JESUS, Deus revela a Si mesmo complemente. Vemos, conhecemos, honramos, cremos e recebemos Jesus, na mesma medida em que vemos, conhecemos, honramos, cremos e recebemos Deus o Pai (Jo 5.23; 8.19; 12.44-45; 13.20; 14.7-9). Se negarmos Jesus, negamos o Pai (1Jo 2.23), mas se usamos o Nome de Jesus glorificamos o Pai (Cl 3.17).

 

1.4 A Igreja e o Nome de Jesus: Um dos fatos mais marcantes do Novo Testamento, é que a Igreja é identificada pelo nome de Jesus. A Bíblia comprova este fato:

       Mt 10.22 – “Odiados por causa do Nome de Jesus”.

       Mt 18.20 “A Igreja se reúne em Nome de Jesus”.

       Mt 24.9 – “Perseguidos e mortos opor causa do Nome de Jesus”.

       Mc 13.13 – “Aborrecidos por amor ao Nome de Jesus”.

       Mc 16.17,18 “Expulsar os demônios, falar novas línguas, receber livramento, curar enfermos, tudo em Nome de Jesus” (Conf. Mt 8.17; 1Pe 2.24; Tg 5.14,15).

      Lc 24.47 “Pregar o arrependimento e remissão de pecados em Nome de Jesus”.

      At 2.38 “Pregar e realizar o batismo em Nome de Jesus”.

      At 4.12 “Pregar a salvação só em Nome de Jesus”.

     At 20.28 “A Igreja foi comprada com o sangue de Deus (Jesus)”.

A Igreja é identificada pelas obras que faz em Nome de Jesus e o amor demonstrado a esse Nome. Não é suficiente fazer algumas coisas em Nome de Jesus, mas fazer tudo em Nome de Jesus (Cl 3.17). Muitos fazem algumas coisas em Nome de Jesus, e tentarão se justificar através disto perante Deus no dia do Juízo (Mt 7.22), mas serão rejeitados, pois não estavam dispostos a amar o Nome de Jesus até a morte (Mc 13.13; Ap 3.7). E você está disposto, se for preciso?

 

2 A REVELAÇÃO DE DEUS ATRAVÉS DE FORMAS VISÍVEIS

Uma outra maneira de Deus se revelar nas Escrituras é através de formas visíveis. Esta forma de revelação recebe o nome de TEOFANIA – (grego) TEO = Deus, FANIA = Manifestação. Uma Teofania é uma manifestação visível de Deus, geralmente, de natureza temporária. Passemos ao exame de algumas evidências no Antigo Testamento.

            Gn 15.1,17 – Deus se manifesta em forma de uma tocha de fogo.

            Gn 118.1,2,22; 19.1 – Deus se manifesta em forma de anjo.

            Êx 24.12-18; 33.9-11 – Numa nuvem e coluna de fogo.

            Jó 38.1; 42.5 – Num redemoinho.

            Ez 1.26-28 – Na forma de um homem envolto em fogo.

Esta e outras passagens nos mostram o meio que Deus usou no Antigo Testamento para revelar mais de si, assim a grandeza e o poder de Deus foram se tornando palpáveis aos homens através de manifestações em formas visíveis. Isto possibilitou que o homem conhecesse e encontrasse Deus desde os tempos mais longínquos (At 17.27).

O Novo Testamento não registra nenhuma Teofania de Deus, a não ser Jesus Cristo (Hb 1.1). Contudo, naturalmente, Jesus, é mais que um Teofania de Deus. Ele é Deus manifesto em carne (1Tm 3.16), é Deus vestido com verdadeiro corpo e natureza humana (Jo 1.1,14). Devido a isso, se torna desnecessário Deus se manifestar de outras formas visíveis no Novo Testamento, uma vez que Jesus Cristo é a completa Revelação de Deus (Jo 1.18; Cl 2.9). Jesus é a imagem expressa do Deus invisível, o brilho da sua glória (Hb 1.3; Ap 21.23).

 

II. A NATUREZA DE DEUS

 

1 DEUS É ESPÍRITO

As Escrituras do começo ao fim revelam de maneira consistente e clara que Deus é Espírito Em Gênesis 1.1 afirma: “E o Espírito de Deus pairava sobre as águas”. O livro do apocalipse 22.17 conclui: “O Espírito e a noiva dizem: vem”. Outras passagens confirmam também o mesmo:

            Jo. 4.24 “Deus é Espírito; e importa que os seus adoradorem o adorem em espírito e em verdade.”

            2Co 3.17 – “Ora o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade.”

Neste ponto cabe uma pergunta: O que é o Espírito? O dicionário de Webster trás o seguinte significado: “Um ser sobrenatural, incorpóreo, racional, geralmente invisível aos seres humanos, mas que tem o poder de se tornar visível...”. Esta definição está de acordo com as palavras de Jesus que disse: “... um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho”. Desta maneira, sendo Deus Espírito, significa que Ele não pode ser visto nem tocado fisicamente por seres humanos, nem tampouco possui um corpo físico.

 

2 DEUS É INVISÍVEL

Sendo que Deus é Espírito, Ele é invisível e, portanto não pode ser visto pelos homens, a menos que escolha se manifestar de alguma forma visível.

               Êx 33.20 – “Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá.”

               Jo 1.18 – “Ninguém jamais viu a Deus,...”

Diante desta realidade, Deus mesmo possibilitou uma maneira de tornar-se visível aos homens, e isto ocorreu através da encarnação: “No princípio era o verbo,e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus... e o verbo se fez carne, e habitou entre nós...” (Jo 1.1,14). Deus preparou para si um corpo (Hb 10.5), e habitou neste corpo (Jo 14.10; Cl 2.9). Assim, o Espírito Eterno tornou-se visível em Jesus Cristo (Jo 1.18). A Bíblia afirma que Jesus é a expressa imagem do Deus invisível (Cl 1.15; Hb 1.3). Ele é Deus manifestado (feito visível) na carne (1Tm 3.16). Deus vestiu-se de carne e com Seu próprio sangue comprou Sua Igreja (At 2.28). Assim Deus pôde reconciliar consigo mesmo o mundo (2Co 5.19).

 

3 DEUS É UM SER ÚNICO E PESSOAL

 

3.1 A Unidade Absoluta de Deus: Deus é absolutamente e indivisivelmente um. Esta definição é chamada de Unidade Absoluta de Deus, a qual se opõe frontalmente ao conceito trinetário que afirma que Deus é composto de três pessoas distintas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo; esta definição é chamada de Unidade Composta. Este conceito trinetário usurpa a unidade absoluta de Deus, pois dilui Deus em uma tricotomia de pessoas. Tal conceito foi apreendido da filosofia grega e aplicado aos moldes cristãos no IV Séc. d.C. A Bíblia jamais usa a palavra Trindade, tampouco cogita sua existência. Esta idéia e conceito foi fruto de especulações Teológicas e Filosóficas distanciadas dos ensinos das Sagradas Escrituras.

O conceito da doutrina da Trindade da unidade composta de Deus é incompatível com o ensino das Escrituras, os termos Pai, Filho e Espírito Santo (Mt 28.19) identificam um Único Ser que é Deus. Este Deus é Pai porque criou todas as coisas (Hb 11.3), Deus se manifestou em carne sendo revelado no Filho (Jo 1.19; Hb 1.1) e Deus é Espírito (2Co 3.17; Ef.4.4), isto indica três importante modos que Deus usou para revelar aos homens. Mas não fazem de Deus três pessoas distintas.

 

3.2 Deus é uma só Pessoa: Há diferentes entendimentos na definição da palavra “pessoa”. Alguns entendem pessoa como significando o corpo, a aparência, a expressão visível. Outros entendem que o significado de pessoa está relacionado com personalidade, autoconsciência, etc. Seja qual for a definição aplicada, a Bíblia esclarece que Deus é um Ser dotado de sentimentos, vontade e personalidade, e que a partir da encarnação passa a ter um corpo visível (Cl 1.15), onde habita (Cl 2.9). Desta forma, podemos compreender que Deus é um Ser pessoal. Todavia, não basta afirmar que Deus é um Ser pessoa, é necessário complementar dizendo que Deus é uma só pessoa. A única passagem que usa a palavra pessoa em relação a Deus é Hebreus 1.3, onde diz que o’ “Filho é a expressa imagem da sua pessoa”, caracterizando que o Filho é a expressão visível de uma mesma substância, de um mesmo Ser, que é Deus.

 

III. O MISTÉRIO DE DEUS-CRISTO

 

A Bíblia fala de um mistério que esteve oculto desde todos os séculos e gerações, que agora nos foi manifesto (Cl 1.26), este é o mistério de Deus-Cristo. Em 1Timóteo 3.16 fala do grande mistério da piedade: “. O mistério da Piedade é Deus manifestando a si mesmo na carne; por outro lado, o ministério da iniquidade é a carne se manifestando como deus.

 

  3.1 O LOGOS

Jesus Como Homem:

Jesus sendo Deus:

Nasceu de Maria (Lc 2.7)

Existiu desde a eternidade (Mq 5.2, Jo 8.58)

Teve sede (Jo 19.28)

Deu água viva (Jo 4.14)

Morreu (Mc 15.37)

Ressuscitou seu próprio corpo (Jo 2.19,21)

Orou (Lc 22.44)

Responde as orações (Jo 14.13,14)

Foi sacrifício pelos pecados (Hb 10.10-12)

Perdoou pecado (Mc 2.5-7)

Não sabia todas as coisas (Jo 5.30)

Sabia todas as coisas (Jo 21.17)

Era um servo (Fl 2.7,8).

É Rei dos reis (Ap 19.16)

O Evangelho de João 1.1-18, ensina de modo claro, o conceito de Deus manifestado em carne. A palavra “Verbo” é traduzida do grego “Logos”, e significa “Palavra”, “Plana”. Contudo,   o Verbo (Logos) não era uma pessoa ou a Palavra separada de Deus, a Bíblia afirma claramente que “O Verbo era Deus”. Outro fato esclarecedor e saber que o verbo “era” em Jo 1.1 no texto grego (nv, in) está no tempo imperfeito apresentando o sentido de algo “não causado”, apontando assim para Deus o único ser não causado, que existe por si mesmo.

 

Em Jo 1.3 afirma que “todas as coisas foram feitas por Ele (Verbo) e sem Ele nada do que foi feito se fez”. Isto se aplica diretamente a Gn 1.1,3 “No princípio criou Deus os céus e a terra. E disse (Palavra) Deus:...”. Assim como não podemos separar a voz de seu emissor, da mesma maneira não podemos separar o Verbo (Palavra) de Deus (Emissor).

 

Em Jo 1.14 diz “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós...”. Aqui há dois destaques importantes. Primeiro, o dicionário dá o significado de “encarnar” como “corporificar em carne”. Na encarnação, o Verbo se fez carne, manifestando Deus em carne (1Tm 3.16). Deus não poderia nascer de Maria mas Ele se manifestou naquele corpo que nasceu. O segundo destaque neste versículo, é que o termo habitou no grego é “Eskkinoeen” que significa “tabernacular”, “armar tenda”; isto nos conduz ao Tabernáculo, uma tenda feita por homens, onde Deus manifestou temporariamente sua Glória (Shekiná), e agora o Templo feito por Deus (Hb 10.5) onde Ele habita em plenitude de Glória (Cl 2.9).

 

  3.2 A DUPLA NATUREZA DE JESUS CRISTO

Jesus Cristo, na encarnação possuía duas naturezas, a divina e a humana. Jesus era complemente homem e complemente Deus. Mas não  quer dizer que Jesus era duas pessoas, lembre-se que Ele era Deus-homem, o Verbo-encarnado, Deus manifesto em carne. Na carne Ele era o Filho, por exemplo, quando lemos que Jesus morreu na cruz, isto significa que sua carne, seu corpo morreu, como Ele mesmo anunciou (Jo 2.19-21). Por outro lado, como Espírito Eterno (Pai) Ele disse que estaria em nosso meio (Mt 18.20). Esta é a chave para um entendimento mais claro de quem é realmente Jesus: O Deus-Cristo.

 

A DUPLA NATUREZA DE JESUS CRISTO

 

  

  3.3 JESUS É O ÚNICO DEUS

 

    3.3.1 O Antigo Testamento Testifica Que Jesus é Deus:

 Is 7.14 – O messias seria chamado Emanuel, que significa Deus-conosco (Mt 1.22,23)

 Is 9.6 – “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.”

 Is 35.4-6 – “... o vosso Deus virá... e vos salvará. Os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então os coxos saltarão como cervos e a língua dos mudos cantarão;...” Observe que isto se cumpriu literalmente durante o ministério terreno de Jesus (Lc 7.20-22).

 Is 40. 5,10-11 – “E a glória do Senhor se manifestará e toda carne juntamente verá... eis que o Senhor Jeová virá... como pastor apascentará seu rebanho....” Sabemos que Deus se manifestou em carne (Jo.1.1,14) e foi visto através do Filho (Jo 14.8,9), e como bom Pastor apascentou seu rebanho (Jo 1.0. 11,27,28).

 Ml 3.1,2 – “Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim; e de repente virá ao seu templo o Senhor...” A palavra “anjo” no grego é “anggelos”, e significa “mensageiro”; este mensageiro foi João Batista preparando o caminho do Senhor Jesus (Mt 3.1-3), e em certa ocasião o Senhor Jesus veio ao templo (Jo 2.15).

 

O AT apresenta além destas, outras evidências que sustentam que o Messias salvador que estava para vir seria o próprio Jeová.

 

    3.3.2 O Novo Testamento Proclama que Jesus é Deus:

 Jo 10.30 – “Eu e o Pai somos um.”

 Jo 14.9 - “...quem me vê a mim vê o Pai”

 Jo 20.28 – “Tomé respondeu e disse: Senhor meu, e Deus meu.”

 Rm 9.5 – “Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus Bendito eternamente. Amém.” Este versículo apresenta a dupla natureza de Cristo, que segundo a carne (Filho) descendia dos judeus, mas sobre todos é o próprio Deus.

 Fl 2.110,11 – “Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.” Cerca de 800 anos atrás Isaías já havia profetizado isto (Is 45.22,23).

 Tt 2.13 – “Aguardando a bem aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo.” A conjunção “e” estabelece ligação e identificação de uma única pessoa que é Jesus Cristo.

 1Jo 5.20 – “... e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o Verdadeiro Deus e a Vida Eterna.”

 Ap 1.8 – “Eu sou o alfa e o omega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.” Como vimos anteriormente, o termo no AT para Senhor é YAHWEH, enquanto para Todo-Poderoso é EL SHADDAY. Jesus se identifica com Jeová do Antigo Testamento, revelando assim que Ele é o próprio Deus.

 

Poderíamos avançar um pouco mais neste exame do, mas, para o momento, estas passagens são suficiente como prova de que o Novo Testamento proclama que Jesus é o único Deus.

 

IV. A IDENTIDADE DO PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO

 

Crer na Unicidade não significa negar o Pai, o Filho, e Espírito Santo. É simplesmente identificar estes três títulos pertencendo a ;um mesmo e Único Deus. Estes títulos são livremente usados nas Escrituras, mas isso não cria três pessoas ou três Deuses. A Bíblia declara que o Pai, o Filho e Espírito Santo são uma única pessoa. Portanto, crer na Unicidade significa romper com o conceito tradicional de três pessoas na divindade, e se apoiar num conceito Bíblico de um só Deus indivisível.

 

4.1 O PAI

Sobre o título Pai, convém destacar que se refere ao próprio Deus que é o Pai de toda criação (Ml 2.10). Identifica um particular relacionamento entre Deus e sua encarnação, o Filho. Jesus foi o único Filho gerado por Deus, daí a expressão Unigênito (Jo 3.16).

 

4.2 O FILHO

Basicamente, a expressão “Filho de Deus” se refere a Deus manifestado em carne, na pessoa de Jesus Cristo, sendo este, literalmente concebido pelo Espírito Santo (Lc 1.35). Assim, podemos entender que o Pai estava no Filho (Jo 14.10), e que na cruz o Filho (humanidade) morreu, contudo, a divindade, ou seja, o Espírito Eterno que habitava no Filho este não morreu (Jo. 2.19-21), mas ressuscitou aquele corpo e continua habitando-o (Cl 2.9).

 

4.3 O ESPÍRITO SANTO

O título Espírito Santo descreve a característica fundamental da natureza de Deus (Jo 4.24). Varias passagens identificam o Espírito Santo como o próprio Deus (At 5.3,4; 1Co 3.16 e 6.19 etc.). Quando falamos do Espírito Santo, estamos ressaltando a obra invisível de Deus entre os homens de regenerar, batizar, ungir e habitar as vidas humanas. Cabe lembrar que é o Espírito Santo que opera o Novo Nascimento (Jo 3.5; Tt 3.5). Noutras passagens o Espírito Santo é chamado de o Espírito de Jesus (Fl 1.19), e de o Espírito do Filho (Gl 4.6). Como sabemos que Há um só Espírito (Ef 4.4), estes versículos tornam-se esclarecedores, pois identificam o Pai e o Filho com uma mesma pessoa que por natureza fundamental é o Espírito Santo (2Co 3.17).

 

Feita esta rápida abordagem na Palavra de Deus, torna seguro afirmarmos que os termos Pai, Filho e Espírito Santo não podem ser identidades de três pessoas distintas de Deus. Aliás, por simples analogia, assim como o homem é corpo, alma e espírito, mas é uma só pessoa, e tem um nome próprio. Da mesma forma, os títulos Pai, Filho e Espírito Santo não fazem três pessoas, tanto quanto o corpo, alma e espírito não criam três pessoas no homem.

 

Concluindo, estamos cientes que esta rápida abordagem sobre a Unicidade de longe não esgota o assunto e questões levantadas. Todavia, em síntese, abarca alguns assuntos que objetivam despertar a sede por um exame mais intenso das Escrituras Sagradas. Se pelo menos esse tino for aguçado nos estudantes da ELITE, teremos alcançado nosso alvo, esperando que àqueles que iniciaram na matéria venham prosseguir e serem futuros mestres a propagar onde quer que estejam este Grande Mistério revelado a nós, o “Mistério de Deus-Cristo” (conf. Cl 2.2). Que Deus te inspire e encoraje nesta tarefa!

 

  

Pr. Lindomar Alves.

 

  

  

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